Lá vamos, cantando e rindo
Levados, levados, sim
Pela voz de som tremendodas
tubas, - clamor sem fim
Lá vamos, (que o sonho é lindo!)
Torres e torres erguendo,
Rasgões, clareiras, abrindo!
- Alva da Luz imortal,
Roxas névoas despedaça
Doira o céu de Portugal!
Querer! Querer! E lá vamos!
- Tronco em flor, estende os ramos
À mocidade que passa
Cale-se a voz que, turvada,
Já de si mesma se espanta;
Cesse dos ventos a insânia,
Ante a clara madrugada,
Em nossas almas nascida:
E, por nós, oh Lusitânia,
- Corpo de Amor, terra santa
Pátria! Serás celebrada;
E por nós serás erguida;
Erguida ao alto da Vida
Querer é a nossa divisa;
Querer, - palavra que vem
das mais profundas raízes:
Deslumbra a sombra indecisa
Transcende as nuvens de além...
Querer, - palavra da Graça
Grito das almas felizes
Querer! Querer! E lá vamos
Tronco em flor estende os ramos
À Mocidade que passa.
Letra por Mário Beirão;
Melodia por Rui Correia Leite
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